... tem tanto sentimento deve ter algum que sirva!

"E eu que pensava que não sabia nada, que nada fluía de mim, fora algumas palavras que rimavam, a maioria fora do contexto e umas outras, que nada sabiam sobre rimar...
Aqui está a prova de que palavras podem não mover o mundo, mas sem dúvida movem um ser. Nem que simplesmente na busca de mover uns mais! O que pra mim, já melhora muito as coisas!"

Samantha Carvalho

sábado, 24 de julho de 2010

Deslocalização

Muito além da verdade
Muito acima da mentira
e muito mais além da compreensão

Muito adiante dos humanos
Acima de qualquer fantasia
Mais forte que qualquer suspeita

Inimaginável
Real
E perfeito dentre as imperfeições

É onde está localizado o pensamento
Os sentimentos
O sorriso e a lágrima!

É onde me encontro:
muito acima!
E onde me perco:
...muito além!

Cicatrizes

Se eu tenho feridas,
é porquê não fiquei parada,
vendo o tempo passar,
não fiquei em casa,
te esperando,
porque eu bem sabia
que você não iria chegar...
Se eu tenho feridas,
é porque vivi.
SOZINHA!
E eu que pensei que viver,
só se fosse com você:
-me enganei!
E é pra isso mesmo que servem,
as minhas feridas,
as minhas cicatrizes...
...pra mostrar que com ou sem você eu vivi,
e vou continuar vivendo!
Bem sei que vão cicatrizar,
porque elas,
remédios curam,
e as do meu coração feitas por você,
só com o tempo,
remédio da alma!
Porque feridas de amor,
só com amor se curam...
E é amor o que me falta!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Picante

Eu falo daquele amor, o fogaréu
Aquele que arde, que queima...
Aquela coisa quente que penetra feito chama!

Eu falo daquele amor.
Daquele pra qual o sol perde feio!

Falo do amor que brilha, que irradia.
Daquele que só produz alegria.
Mesmo que em algum coração
tristeza tenha enraizado...
(Porque em todo amor,
há sempre um infeliz terceiro!)

Eu falo daquele amor...
que te faz dormir feliz,
que te faz feliz, também, acordar!

Falo da pimenta, da fumaça...
da coisa avermelhada.

Falo da loucura,

do devaneio.

Da espontaneidade.



Samantha Carvalho

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Buracos

Eu aqui, cheia de buracos,
Com o meu coração baleado
Nos olhos uma água,
que pode ser a sinusite,
Que pode ser lágrima...

A razão perturbada,
O coração inquieto
Mas aprendi que dores são superáveis
E que nem a morte significa o fim!

Quem entrega o coração corre esse risco
E infelizmente, não nasci imune a dores!

Eu amo
Mas amor também passa.

(Acaricie o meu ego, agora!)

Acaricie minh’alma!

E sofro...
Mas também não vou morrer por isso!

Samantha Carvalho