Já não sou mais pura,
não sei nem rezar.
Tão longe da cura,
fico a te chamar!
Não simples versos,
os que venho expressar.
Tão loucos,
tão ternos,
se encerram a te amar.
Minhas gargalhadas,
vêem acompanhadas,
de riscos, de dor!
São cores pinchadas,
de forças armadas,
com cheiro de flor...
Meu gosto é veneno,
minhas mãos são pecado,
me beije, me ame:
-Terás resultado!
Ações impensadas,
mostram que sou louca!
Pensar?
-em mais nada
Só na tua boca!
Me mostro doente,
meio equivocada!
Já vivo de equívocos,
isso não influi em mais nada!
Minha boca tem fel,
teu beijo é ameno,
eu quero teu mel,
não o teu veneno!
Me olham maldosos,
me mostro o contrário.
São uns curiosos,
sem vocabulário.
Não sei mais quem sou,
me encontro ao te ver,
não sei mais de mim,
-cadê você?
Samantha Carvalho